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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Eleições 2014



Essas eleições estão nos apresentando surpresas que não esperávamos ver e acredito que ainda mais outras nos aguardam, transformando o atual pleito em um dos mais imprevisíveis da nossa história.
Quem poderia dizer até uns 3 meses atrás que a Dilma não venceria essa eleição fácil? Mesmo aquele que pensasse isso jamais diria que outro que não fosse Aécio Neves estaria no segundo turno. E depois do acidente misterioso de Eduardo Campos, cuja investigação por sinal caiu no esquecimento da mídia, o jogo virou com Marina Silva, que adquiriu adeptos dos mais diversos segmentos.  Até mesmo fatores que poderiam ir contra ela, como a fraqueza de seu relacionamento partidário atual, que deve durar só até o fim das eleições e a ausência de aliados políticos, estão favorecendo-a junto aos seus eleitores, que buscam em sua maioria uma ruptura com conchavos e jogos de interesse pessoais dentro dos partidos. Mas a existência de uma força ainda maior fora do cenário político manipulando-a de alguma forma, parece ser realmente temeroso.
O certo é que, então, surgem novos escândalos no PT, agora ligados a Petrobrás e mesmo assim as intenções de voto na candidata Dilma permanecem inalteradas e isso só é reflexo de uma coisa. Existe no país eleitores fiéis ao PT, semelhantes aos eleitores do Maluf, que não importa o que aconteça, eles sempre estarão lá, a não ser a morte. No caso do Maluf, a alta faixa etária que está sendo atingida por seus eleitores fiéis tem sido um grande problema.
Ou seja, aproximadamente 35% da população é PT mesmo que o mundo acabe. Até nesse caso eles dirão que é mentira da oposição que quer desviar o foco da conversa e acabar com o Bolsa Família.
Os eleitores dos outros candidatos, em particular os de Marina são voláteis, eleitores "modernos", aqueles que na verdade acham que tanto faz quem está lá, mas sinceramente só decidirão de verdade seu voto depois do último post sobre qualquer informação nova que possa surgir na internet antes de ir a urna.
E não podemos esquecer que de forma convicta também 10% da população vai votar em branco ou nulo, por ter certeza que tanto faz o eleito.
Não sei dizer o que causa mais medo: Quase metade da população ser convicta de forma fervorosa sobre algo a ponto de deixar de lado tanta corrupção de um governo ou de jogar fora seu voto ou de a outra metade não ter certeza sobre quem vai votar, tão volátil quanto a líder de suas intenções de votos atuais, podendo mudar de ideia até sobre o que acha bom para si mesmo.
Um senhor bem idoso, simples, na minha época de faculdade, uma vez me disse que "tempo bom de verdade era quando o povo sabia que não tinha capacidade de escolher o melhor pra si mesmo. Hoje em dia fizeram ele acreditar que tem essa capacidade, sem ao menos ensiná-lo a escrever".

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